Controle o falador

Há pessoas que gostam de falar. Algumas são até simpáticas, agradáveis e alegram os encontros sociais. Sempre dispostas a contar histórias interessantes, bem-humoradas, que divertem e animam os encontros.

São sensatas. Se alguém entra com algum comentário, se calam respeitosamente dando a palavra para que outros possam participar. Retomam a fala quando questionadas ou nos momentos em que ocorre o silêncio social. São recebidas de braços abertos em qualquer roda de conversa.

Não faltam, entretanto, aqueles que se tornam chatos com seu falatório. Ligam a matraca e falam, falam, falam até que a última vítima sucumba e bata em retirada. Abandonados, mas ainda cheios de energia, se lançam à caça de novos ouvidos e com ânimo renovado repetem as mesmas “velhidades”.

Nas conversas sociais, se você não estiver com vontade de suportar o falador, basta dar uma desculpa qualquer e se retirar. Poderá dizer, por exemplo, que precisa resolver uma questão com alguém que esteja em outra roda de conversa. Se, por acaso, essa outra roda não existir, poderá ainda alegar a necessidade urgente de dar um telefonema.

A situação se torna mais delicada se você estiver proferindo uma palestra. Nessa circunstância, se um ouvinte desandar a falar ao invés de apenas fazer uma pergunta, será preciso interrompê-lo. Se você não tomar essa providência poderá prejudicar sua apresentação.

É preciso tomar as rédeas nas mãos e não deixar que o ouvinte faça o discurso no seu lugar. A melhor maneira de contornar o problema é interromper a pessoa com um elogio. Ao ser elogiado, provavelmente, ele irá se calar para ouvir o que você tem a dizer a respeito dele. Tendo a palavra de volta você poderá continuar.

Mais complicado ainda é enfrentar em reuniões pessoas que gostam de falar muito. Se um participante falar demais em uma reunião, impedirá que os assuntos propostos na pauta sejam discutidos, não dará oportunidade para que os outros se manifestem, não permitirá que o tempo determinado para o encerramento seja cumprido.

Como já mencionei, o fato de uma pessoa gostar de falar não significa que ela seja chata ou desagradável. Algumas são até muito simpáticas, comunicativas e cativantes. Sempre têm uma boa história para contar, dão opinião sobre quase todos os assuntos, de maneira geral por tempo prolongado, falam alto e riem ruidosamente.

Independentemente de serem ou não agradáveis, todavia, não deveriam falar demais nas reuniões. E seria aconselhável que deixassem para usar a conversa simpática em outras circunstâncias. Como esse é um tipo difícil de ser controlado, é preciso ter personalidade forte e atenção redobrada para evitar que atrapalhem a reunião.

Uma boa solução é conversar com a pessoa antes da reunião e explicar de forma delicada que o seu comportamento prejudica o andamento dos trabalhos e a participação dos demais componentes do grupo.

Se durante a reunião você perceber que o acordo não deu resultado e ela continua com a conversa de sempre, não hesite em pedir que só fale quando chegar a vez dela. Interrompa-a sempre que se manifestar fora de hora.

SUPERDICAS
– Fale só o necessário
– Aprenda a contar histórias curtas e interessantes
– Se alguém deseja falar é melhor você continuar calado
– Se não estiver com vontade de ouvir, arrume uma desculpa e se afaste

Por: Reinaldo Polito

fonte: https://economia.uol.com.br/planodecarreira/artigos/polito/2009/07/23/ult4385u118.jhtm

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