Este abençoado herói da fé nasceu em East Windsor, Connecticut, Estados Unidos, em 5 de Outubro de 1703, filho de um piedoso ministro do evangelho. Quando iniciou seu ministério, a região em que vivia, a Nova Inglaterra, já vinha sendo colonizada pelos ingleses e seus descendentes há um século. Os colonizadores foram os célebres “puritanos”, que lutaram por uma igreja mais pura em seu país de origem. Ao chegarem a Massachussets, primeiro a Plymouth (1620), e depois, a Salem e a Boston (1629-30), eles procuraram edificar uma comunidade verdadeiramente cristã e uma igreja composta de pessoas realmente convertidas e comprometidas com Deus. Muito devem os Estados Unidos, até hoje, a estes autênticos cristãos, as bases de sua sociedade.
Após um período inicial de sofrimentos e provações, os colonos prosperaram materialmente na nova terra cheia de oportunidades. No final do século XVI, a vida na Nova Inglaterra era, em grande parte, pacífica e confortável. A maioria das pessoas pertencia à classe média e quase não havia pobreza. O nível educacional também era relativamente alto. Porém, juntamente com a prosperidade material, ocorreu um declínio no fervor espiritual entre as novas gerações. O cristianismo de muitos se tornou meramente nominal, o mundanismo e a apatia espiritual afetaram seriamente a igreja.
Ao mesmo tempo, as novas ideologias vindas da Europa estavam exercendo uma influência crescente sobre a sociedade. Muitos pensadores europeus e americanos rejeitavam a idéia de uma humanidade pecadora que estava sob o julgamento de um Deus justo. Como um homem culto e inquiridor, alguém que levava a sério as realidades e desafios de seu tempo, Jonathan Edwards propôs-se, em sua reflexão e sua prática, a defrontar-se com este duplo ataque experimentado pela fé cristã. Ele envidou esforços não somente para que a vida e a espiritualidade da igreja resgatasse o que havia de positivo na experiência e contribuição dos puritanos, mas, ao mesmo tempo, procurou fazê-lo buscando demonstrar que não havia qualquer conflito intransponível entre a fé e a razão. Certo é que na Nova Inglaterra começou, em 1740, um dos maiores avivamentos na história da igreja. É igualmente certo que esse movimento se iniciou, não com os sermões célebres de Edwards, mas sim, com a obra do Espírito Santo no coração dos mortos espiritualmente, que, começando em Northampton, espalhou-se por toda a Nova Inglaterra e pelas colônias da América do Norte, chegando até à Escócia.
No meio de suas lutas, sem ninguém esperar, a vida de Jonathan foi tirada da terra em 22 de março de 1758. Acerca de sua consagração com a idade de vinte anos, Edwards escreveu: “Dediquei-me solenemente a Deus e o fiz por escrito, entregando a mim mesmo e tudo o que me pertencia ao Senhor, para não ser mais meu em qualquer sentido, para não me comportar como quem tivesse direitos de forma alguma… travando, assim, uma batalha com o mundo, a carne e Satanás até o fim da vida”.
Alguém, mais tarde, assim se referiu a Jonathan: “Sua constante e solene comunhão com Deus, em secreto, fazia com que seu rosto brilhasse perante o próximo, e sua aparência, semblante, palavras e todo seu comportamento eram acompanhados da presença de Deus”.
Pesquisando-se sua árvore genealógica até hoje se descobriu que, de seu casamento com uma moça consagrada, descenderam 100 pregadores do evangelho, 65 professores universitários, 60 escritores de livros, 13 diretores de faculdades, 3 deputados estaduais, 1 vice-presidente da nação, 30 juízes, 60 médicos, 75 oficiais da Marinha e Exército e 100 advogados. Sem dúvida, esta foi umas das muitas “vidas que marcaram”…
Tradução livre: José Mateus (Portugal)
Revisado por: Felipe Neto