O Espírito Santo é capaz de fazer a Palavra tão poderosa nos dias de hoje como o fazia no tempo dos apóstolos. Pode trazer almas a Cristo às centenas e aos milhares, como de uma em uma ou de duas em duas. A razão de não sermos tão prósperos no trabalho é que não temos o Espírito Santo na plenitude de Sua força e de Seu poder como acontecia nos tempos primitivos.
“Se tivéssemos o selo do Espírito em nosso ministério, com o Seu poder, os nossos talentos pouco importariam. Os homens poderiam ser pobres e indoutos, suas palavras poderiam ser difíceis ou desprovidas de gramática; se a força do Espírito as acompanhasse, o mais humilde evangelista poderia ser mais eficiente que os mais eruditos teólogos ou do que os pregadores mais eloquentes.
É o poder extraordinário de Deus, e não o talento, que ganha o dia. É a unção extraordinária do Espírito, e não a capacidade mental fora do comum, o que carecemos. O poder mental pode encher o edifício, porém, o poder espiritual enche a igreja com o anseio da alma. O poder mental pode atrair congregações enormes, porém, é o poder espiritual que salva. O que precisamos é de poder espiritual.” – C. H. Spurgeon.
“Se o Espírito estiver faltando, poderá haver palavras sábias, porém, sem a sabedoria de Deus, poderá haver o poder da oratória, mas não o poder de Deus; a argumentação que procura demonstrar é a lógica da escolástica, nunca, porém, a demonstração do Espírito Santo, nem a lógica irresistível como a que convenceu Paulo à porta da cidade de Damasco. Ao ser derramado o Espírito, os discípulos foram revestidos com o poder do alto, e as línguas menos doutas podiam fazer calar os mais céticos, removendo os maiores obstáculos, do mesmo modo que as matas seculares são arrasadas pelas chamas levadas pelos ventos impetuosos.” – Artur T. Pierson.
“Os ministros do Evangelho precisam ter este poder do Espírito Santo, porque de outro modo não serão suficientes com os seus próprios recursos para o ministério. Pois ninguém com as suas próprias possibilidades naturais, com a sua educação e com os seus conhecimentos se basta para o trabalho do ministério. Só o poder do Espírito Santo é o que importa; enquanto não dispuser dessa força, apesar de todas as suas realizações, o ministro será totalmente insuficiente. Foi por isso até os próprios apóstolos tiveram de se manter em silêncio, enquanto não lhes fosse concedido o poder; por isso, tiveram de esperar em Jerusalém, até receberem a promessa do Espírito, sem abrir a boca para pregar.”
Se não possuírem esse poder do Espírito Santo, não disporão de força alguma. E, assim, vendo que os ministros do Evangelho não recebem poder daqui de baixo, é absolutamente indispensável que obtenham o poder do alto; vendo que nada vale o poder carnal, vendo que é necessário que disponham de poder espiritual; vendo que não adiantam os recursos da terra e dos homens, é preciso que tenham poder do céu e de Deus; isto é, que o poder do Espírito Santo desça sobre eles, se não for assim não terão força alguma.” – G. Dell.
Quem é que hoje em dia tem a Unção? Quem é que a experimentou? Ela é prometida, é indispensável e, no entanto, nós nos esforçamos sem ela, trabalhando na carne, como os discípulos trabalharam toda a noite com as redes sem nada apanhar. É isso que acontecerá conosco. Uma única hora de esforço com o Espírito conseguirá muito mais do que um ano de esforço baseado na carne. E o fruto obtido com o Espírito permanecerá. “O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita” (Jo. 6:63). “…o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo. 3:6). São os frutos do Espírito que carecemos, ouro puro, sem liga, e nada mais. Não o inacabado, mas o artigo genuíno que resiste à prova do tempo e da eternidade; aquele tipo que se encontra tanto nas reuniões de oração como nas reuniões de domingo. É esta a qualidade de fruto que estamos produzindo? Esta havendo convicção, e as almas que a experimentam estão sentindo a liberdade gloriosa que caracteriza os filhos de Deus?
Mas, será que já tivemos a Concessão do Poder? Não estou perguntando se já “clamamos por isso”, mas, se de fato, já a experimentamos. Se não virmos os resultados, podemos dizer ainda que não tivemos. Se estivermos repletos do Espírito, os frutos do Espírito Santo manifestar-se-ão. As criaturas humanas ficarão quebrantadas em nossas reuniões, soluçando por causa de seus pecados, diante de Deus. Procuremos os frutos, se quisermos crer na Unção. “Recebereis Poder”. E quando Pedro o recebeu três mil almas se salvaram. O mesmo se deu com John Smith, Samuel Morris, C. G. Finney e outros. Houve frutos. O sinal é esse e é essa a prova, e somente essa. Se eu for um homem de Deus dotado de poder do alto, as almas ficarão quebrantadas quando eu pregar; se eu não for, nada mais ocorrerá, além do que é ordinário. Que essa seja a prova para o pregador. Com isso nós permaneceremos firmes ou cairemos.
“Fui poderosamente convertido, na manhã de 10 de outubro de 1821”, escreve C. G. Finney. “A noite desse mesmo dia, recebi o batismo arrebatador do Espírito Santo, o qual me deu a impressão de ter atravessado o meu corpo e minha alma. Imediatamente me senti possuidor de tal poder vindo do alto que poucas palavras aqui e ali, pronunciadas para pessoas que eu encontrava, era o bastante para produzirem sua conversão imediata. Minhas palavras pareciam atravessar as almas e nelas se fixarem como setas providas de farpas. Cortavam como espada. Parecia que despedaçavam o coração como o martelo despedaça as pedras. Esse fato pode ser atestado por multidões. Muitas vezes, uma palavra proferida, sem que dela eu me lembrasse depois, ia produzir convicção e freqüentemente conversão quase imediata. Algumas vezes eu me senti bastante desprovido deste poder e quando eu falava não produzia impressões que salvassem. Exortava e orava, com os mesmos resultados. Então, separava um dia para fazer em secreto um jejum acompanhado de oração, temendo que este poder tivesse me deixado, eu indagava cuidadosamente sobre a razão desse vácuo aparente. Depois de me humilhar e de chorar pedindo auxílio, o poder voltava sobre mim com toda a sua frescura e pujança. Foi essa a experiência da minha vida.
“Este poder é uma grande maravilha. Muitas vezes vi pessoas que eram incapazes de suportar a Palavra. As afirmações mais simples e comuns tirariam homens de seus lugares como se fossem espadas, tirariam sua força, fazendo-os ficar completamente largados e como mortos. Várias vezes em minha existência não me foi possível proferir uma só palavra ao ter de orar ou de exortar, a não ser com voz fraquíssima. Esse poder às vezes parece espalhar-se pelo ambiente daquele que está tomado por essa força. Muitas vezes, numa comunidade, muitas pessoas ficarão revestidas por este poder, enquanto que a atmosfera do lugar, onde estão, parece carregada com a vida de Deus. Pessoas de fora, entrando nesse ambiente, ficam repentinamente tomadas pela convicção de pecado e em muitos casos convertidas a Cristo. Quando os cristãos se humilham e se consagram de novo a Cristo, e pedem esse poder, recebem tal batismo que se tornam instrumentos para a conversão de maior número de almas, num só dia, do que em toda a sua vida. Enquanto os cristãos se humilham o quanto é necessário para manterem este poder, o trabalho de conversão prossegue até que comunidades e regiões inteiras do país se convertem a Cristo. O mesmo se pode dizer em relação ao ministério”.
Onde está aquela angústia de almas dos dias passados, a consciência ferida, as noites sem sono, os gemidos e os gritos, a terrível convicção de pecado, os soluços e as lágrimas dos perdidos? Permita Deus que possamos ver as mesmas coisas nesta geração!
E de quem é a culpa? Do povo? Será que á sua dureza de coração? Será aí que está a causa? Não, meus irmãos, a falta é nossa; nós é que somos culpados. Se fôssemos o que deveríamos ser, os mesmos sinais se manifestariam como nos dias do passado. Se fôssemos o que deveríamos ser, todo o nosso fracasso, todo o sermão que não prostrasse o povo sobre seus joelhos, nos levaria a prostrarmos-nos para sondar cuidadosamente o nosso coração e para humilharmos. Não nos queixemos nunca do povo. Se nossas Igrejas são frias e não reagem, é porque nós é que somos frios. TAL PASTOR TAL POVO.
Quantos são aqueles que foram roubados do seu testemunho ou que jamais conheceram o poder do Espírito Santo em seu trabalho! Seu serviço é ineficiente e seu testemunho nulo e vazio, realizando pouco para Deus. Sim move-se de um lado para outro e às vezes chegam a ser muito ativos, mas toda essa energia é da carne e não se segue de resultados espirituais. As almas não são salvas nem os crentes edificados e fortalecidos na fé. Sua pregação não produz fruto e seu ministério é um fracasso fantástico. Que experiência desconcertante! (Nota do webmaster: pode-se afirmar que este é quadro da grande maioria dos pastores atuais).
Mas, graças a Deus, é preciso que seja assim, pois está escrito “recebereis poder”. É isso que nos foi prometido e a ordem de Deus é esta: “Esperai até que vos seja concedido o poder do alto”.
A passagem de At. 1:8 diz assim: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós”. Assim é que a unção ou Concessão de Poder, constitui aquela experiência que resulta da vinda do Espírito Santo sobre o crente e o prepara para o serviço.
Tais Unções só serão recebidas mediante as agonias da oração intensa e profunda. Serão as noites e os dias de oração ansiosa pelas almas humanas, as horas sem conta de intercessão que encontramos na vida de David Brainerd, as lutas poderosas contra as forças espirituais das trevas, que fazem o corpo ficar banhado em suor, como era tão comum na vida John Smith – eis alguma coisa que vai muito além do ensino de hoje. Eis o que constitui o único recurso que produzirá fruto e que fará o trabalho de que estamos falando.
É graças as estas de oração, que prevalece, que prosseguimos para o trabalho da Unção, manejando a espada do Espírito com efeito mortal sobre o pecado. O segredo é a oração. Não há substituto. Para cada serviço deve haver um tipo de Unção. Não é meramente questão de alguém se entregar e crer. Ah, não! Os resultados sobrenaturais e maravilhosas e maravilhosos não são conseguidos tão facilmente. Custam e custam tremendamente.
Perseveraremos unânimes em oração e súplica. Oração ansiosa, unânimes em oração, oração perseverante, eis as condições; com estas condições preenchidas, nós também receberemos o Poder do Alto. Nunca deveríamos esperar que o Poder caísse sobre nós apenas porque uma vez aconteceu de despertarmos e de o pedirmos. Do mesmo modo nenhuma comunidade cristã tem o direito de esperar uma grande manifestação do Espírito, se os seus membros não estiverem todos prontos para se unirem unânimes na oração, esperando e pedindo, considerando esse o dever de cada um.
“Só seremos dotados o Fogo Sagrado, esperando diante do trono da graça. Aquele que espera cheio de fé por um tempo suficientemente longo, ficará aquecido por esse fogo e sairá dessa comunhão com Deus, trazendo os sinais do local onde esteve. O crente individualmente, e sobretudo todo aquele que trabalha na vinha do Senhor, só adquire o Poder espiritual pelo batismo, quando permanece secretamente no trono de Deus.
Se tu quiseres ter tua alma saturada com o Fogo de Deus, de modo que os que se aproximarem de ti sintam alguma influência misteriosa irradiada pela Sua presença, é necessário que te aproximes da fonte de onde emana esse Fogo, do trono de Deus e do Cordeiro, afastando-te do mundo gélido que tão suavemente faz esse Fogo se extinguir. Entra no teu quarto, fecha a tua porta e, aí, a sós diante do trono, espera pelo Batismo. E então o fogo descerá sobre ti e quando saíres estarás provido com o Santo Poder, para trabalhares não com tuas próprias forças, mas na demonstração do Espírito e do Poder”. G. ARthur (Nota do webmaster: Segredo para o avivamento).
Muitos existem que, baseados numa experiência falsa, pensam, que têm a Unção, quando na verdade não a têm. A única coisa que posso dizer é que o sinal, a prova dessa Unção, não existe. Se de fato a tivessem, com eles aconteceria o mesmo que testemunharam aqueles que foram verdadeiramente ungidos. Se todos os pretensos Batismos e Recebimentos do Espírito Santo de que se tem notícia em convenções modernas fossem reais, todo o país estaria em fogo. Não. Se apenas um homem ou uma mulher recebesse a unção, as cidades e vilas a seu redor, num perímetro de muitos quilômetros, poderiam ser tomadas por um poderoso reavivamento e milhares haveriam de trazidos a convicção de seus pecados, suplicando com lágrimas pela misericórdia de Deus. A prova da unção é o resultado. O Sinal de que o espírito de Elias caíra sobre Eliseu foi o fato desse último ter feito as águas do Jordão se dividirem quando as tocou.
“Por que é tão difícil de se obter”? Perguntareis. Porque nosso Deus não derrama o Seu Espírito sobre a carne. É preciso que primeiro Ele faça o Seu trabalho em nós e isso geralmente requer tempo, uma vez que nós não deixamos que Ele faça em nós aquilo que Ele quer. A preciosidade do nosso próprio nome, o amor e o louvor que almejamos, ou outro obstáculo pecaminoso, bloqueiam a cada passo a nossa natureza, impedindo a atuação de Deus. Ele não nos pode humilhar. Ele seria incapaz de despedaçar os nossos corações porque não nos entregamos.
Talvez seja porque Ele não nos pode confiar uma honra tão grande. Ele sabe que nós naufragaríamos com ela. Como são dolorosos os incidentes havidos com certos homens e mulheres usados em certos reavivamentos, os quais, sob a Unção do Espírito Santo, trouxeram centenas de almas para Deus e depois perderam essa benção tão propícia, trabalhando apenas na carne e assim conseguindo tão pouco ou não conseguindo nada. É que eles se consideraram demasiadamente grandes, ficaram cheios de si mesmos, e se deixaram tomar pelo orgulho, consentindo que algum pecado se apoderasse deles. Com isso o Espírito Santo se afastou magoado, e, como Sansão, viram-se destituídos de sua força. Antes houve épocas em que, quando pregavam, as almas clamavam chorando a implorar misericórdia, tomadas de convicção profunda. Agora, rogam, insistem; as reuniões são frias e mortas, sendo reduzido o número dos que respondem ao seu apelo, e estes não são frutos do Espírito Santo.
Resta-nos apenas incluir o testemunho de alguns que receberam a Concessão do Poder para nos convencermos da realidade dessa experiência. Se Deus concedeu essa dádiva a uma dúzia de pessoas, Ele o poderá conceder a todos.
“Durante trinta anos”, escreve Evan Roberts, “orei pedindo o espírito; e este foi o caminho que me levou a pedir. G. Davis, disse uma noite em nossa sociedade: “Lembre-se de ser fiel. O que seria se o Espírito descesse e você estivesse ausente? Lembre-se de Tomé! Que grande perda”!
Nessa ocasião eu disse a mim mesmo: “Eu terei o Espírito”. E fizesse o tempo que fizesse, houvesse a dificuldade que houvesse, assistia a todas reuniões. Muitas vezes vendo outros com seus barcos na água, eu me sentia tentando a unir-me a eles. Mas, não. Dizia a mim mesmo: “Lembre-se do que você resolveu”. E assim eu prosseguia. Durante dez ou onze anos inteiros assisti a todas as reuniões de oração pedindo em favor de um reavivamento. Era o Espírito que me fazia pensar e agir assim”.
Em certa manhã, numa reunião a que Evan Roberts assistia, o evangelista numa de suas petições rogou que o Senhor nos prostrasse. Parecia que o Espírito dizia a Roberts: “É isso que você precisa, prostrar-se”. E, assim, ele descreve sua experiência: “Senti uma força viva que chegava a meu íntimo. Esta crescia cada vez mais e parecia que ia explodir. Sentia que qualquer coisa dentro de mim parecia ferver. E, de fato, o que estava em ebulição dentro de mim era o versículo: “Deus recomenda o Seu amor”. Caí, então, sobre os joelhos com os braços apoiados no banco que ficava à minha frente, enquanto lágrimas e gotas de suor corriam livremente. Parecia-me estar vertendo sangue. Alguns amigos se aproximaram dele para enxugar seu rosto. Enquanto isso ele exclama: “Ó Senhor, prostra-me! Prostra-me”! Repentinamente raiou a glória.
Roberts acrescenta: “Depois de me ter curvado, invadiu-me uma onda de paz e os presentes cantaram o hino que diz: “Ouço Tua voz bendita”. Enquanto cantavam, eu pensava na prostração do Dia do Juízo e me sentia tomado de grande compaixão por aqueles que teriam de se prostrar naquele dia, e por isso eu chorava”.
“Daí por diante, conheci a necessidade de salvação das almas e esta começou a pesar sobre mim como um fardo. Desde esse tempo fiquei inflamado com o desejo de percorrer o País de Gales e, se possível, eu pagaria a Deus o privilegio de me permitir que eu fosse”.
Tal foi a experiência de Evan Roberts, o instrumento honrado para o grande reavivamento Welsh. Vejamos agora os testemunhos de John Wesley e de Christmas Evans.
“Cerca das três horas da madrugada, enquanto persistíamos em oração constante, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, e de tal maneira que muitos choravam de intensa alegria e muitos caiam no chão. Logo que restabelecemos um pouco da surpresa da Majestade de Deus, começamos a cantar em uníssonos o hino “Louvamos-te ó Deus”. John Wesley
Eu me sentia com o coração atribulado perante Cristo e Seu sacrifício e o trabalho do Seu Espírito – tendo o coração frio, tanto no púlpito como na oração e no estudo. Há quinze anos eu tinha sentido meu coração abrasado como o dos dois companheiros de Jesus na entrada de Emaus.
Em certo dia, do qual sempre me lembrarei, estava subindo a Cader Idris, quando senti que devia orar, apesar de parecer que isso me seria difícil e não obstante as preocupações temporais que preocupavam meu pensamento. Tendo começado a orar em Nome de Jesus, logo comecei como que a sentir as cadeias se desprendendo e a se amolecer aquela espécie de rigidez que se apoderava do meu coração, dando a impressão que montanhas de gelo e de neve se dissolviam e derretiam dentro de mim.
Isto fez nascer a confiança em minha alma sobre a promessa do Espírito Santo. Senti toda a minha mente aliviada de um juízo enorme que a tomava e as lágrimas correram copiosamente, obrigando a clamar para que Deus me visitasse com a Sua Graça, restaurando as alegrias de minha salvação; pedindo que visitasse as igrejas dos santos e os ministros que eu citava pelo nome.
Esta luta continuou durante duas horas em surtos que se tornavam cada vez maiores, como ondas que se sucedessem ou como uma inundação provocada por um vento muito forte, a ponto de eu ficar prestes a desmaiar no meu clamor e no meu pranto. Assim eu me entreguei inteiramente a Cristo, de corpo e alma, com os meus dons e trabalhos – toda minha vida – todos os dias e toda hora que me sobrasse; confiando todos os meus cuidados a Cristo.
Desde esse tempo pude esperar a bondade de Deus em favor das igrejas e em meu favor. Nas primeiras reuniões que se seguiram, depois desse fato, senti-me como que transportado das regiões frias e estéreis de uma geleira espiritual para os campos viventes das promessas divinas. O primeiro esforço com Deus em oração e a preocupação ansiosa pela conversão dos pecadores, que eu havia sentido em Leyn, estavam restaurados. Eu agora estava de posse das promessas de Deus.
O resultado foi que, quando voltei para casa, a primeira coisa que prendeu minha atenção foi o Espírito que estava operando contemporaneamente entre os irmãos de Anglesea, induzindo-os à oração, especialmente dois diáconos que insistiam continuamente com Deus, pedindo-lhe que nos visitasse em Sua misericórdia e tornasse a Palavra de Sua graça eficiente na conversão de pecadores, entre nós.
Agora, aparentemente fortalecidos como que por um espírito novo, com o vigor do homem interior, ele se pôs a trabalhar com zelo e energia renovados, vendo bênçãos novas e singulares a descer sobre seus labores. Em dois anos, dez lugares de Anglesea, onde ele pregava, foram aumentados para vinte e seiscentos convertidos acrescentados à igreja que estava sob seus cuidados imediatos.” Christmas Evans.