Os alicerces do Reino de Deus
“…E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efectua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor…” (Efésios 4:11 a 16)
“…E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas…” (I Coríntios 12:28)
Os 5 ministérios universais, alicerces do Reino, serão sempre um tema tabu e desconcertante devido a 3 coisas:
a) Inexistência de mudança de pensamento
Muitos colegas e irmãos pensam da mesma forma que pensavam quando estavam debaixo da censura e da ditadura em Portugal e preferem andar de joelhos perante ‘césar’ do que andar de joelhos perante o Rei. Naquela altura os ministérios espirituais estavam esmagados pelo peso do medo e por isso muitos optaram por (quais icebergues) esconder essa grande parte do desenvolvimento do evangelho. Alguns dos colegas e irmãos actuais pensam ainda dessa forma, porque foi a forma que herdaram de pensamento. Nesse sentido, limitam os 5 ministérios a 1 (PASTORADO) e recusam-se a aceitar que os Ministérios dados por Deus são sem arrependimento, para sempre e para edificação do Reino de Deus, que é um exemplo de cultura variada e pluralidade…
b) Maus exemplos e maus obreiros
Infelizmente, o Reino de Deus está cheio de maus exemplos, maus obreiros que utilizando-se dos títulos (que é uma coisa diferente de Ministérios) têm vindo a desacreditar o evangelho, o Reino de Deus e a verdade da Palavra! Mas nem todos são iguais! E precisamos a prender a separar o ‘trigo do joio’, os ‘bodes das ovelhas’, a árvore que tem bom fruto da que tem mau fruto… do espírito! Devido aos exageros, ao despesismo, à falta de cuidado com a ‘Casa de Israel’ evidenciada por alguns, os honestos, integros e sinceros de coração pagam o preço e são (des)considerados como aproveitadores, falsos, mentirosos… Muitos consideram o Apostolado como o cargo mais alto de uma hierarquia que não deveria de existir… o Reino de Deus, não pode ter hierarquia, nem cadeia de comando, mas sim estrutura onde todos somos o mesmo (irmãos em Cristo), mas alguns têm Ministérios e responsabilidades maiores (5 Ministérios e a gestão da Igreja). O Apostolado é o Ministério mais ingrato, porque é o que tem menos visibilidade, mas é o que desbrava caminho e une os restantes 4 ministérios…
c) Orgulho e vaidade humana
Hoje em dia quem é que se quer submeter ao seu irmão? Hoje em dia, quem é que tem a coragem de se ‘considerar inferior’ ao próximo? Hoje em dia, quem é que é capaz de apenas dizer a verdade sobre o seu próprio ministério? Hoje em dia, quem é que considera que a forma de vestir, falar e de se apresentar é menos importante do que estar cheio do Espírito Santo? Porque não submeter-nos uns aos outros em amor, considerar-nos, respeitar-nos, reconhecer-nos? Porque aspiramos a um Ministério, se não vencemos naquele que estamos agora? Qual é a importância disso, no dia em que estivermos diante do Juíz?
É hora de ROMANOS 12:1 e 2 se tornar REAL na nossa vida! É hora de renovarmos o nosso coração, o nosso entendimento! HOJE é a hora do mover Apostólico, Profeta, Pastoral, Mestrado e Doutorado! É hora de os diferentes ministérios (tal como os 5 dedos da mão) se unirem com o mesmo propósito! Tal como tenho dito tantas vezes na igreja que pastoreio… nas igrejas que temos em Moçambique, os Pastores tratam-me por ‘PASTOR’; Na Igreja que temos no Quenia o Pastor trata-me por ‘BISPO’; Nas Igrejas que temos na Índia, os Pastores tratam-me por ‘APÓSTOLO’, mas o que eu sou (e fui chamado por Deus) é o PASTORADO e não aspiro a mais nada, porque tudo o resto vem conforme o trabalho que fazemos, onde fazemos e por quem fazemos (DEUS) e se Ele acha que sou o que sou em cada país, então assim seja! Mas continuo a ser o João.
Temos de mudar e temos de assumir o quão ‘burros somos e cegos’ somos! E sei que isto provoca incómodo e ‘azia’ entre muitos, mas está na hora de parar de brincar às Igrejas e de andarmos em competições mundanas!!!
Reconheço o Apostolado em alguns, reconheço os 5 ministérios em alguns, mas nem por isso deveremos de considerar este, ou aquele ministério ou responsabilidade como superior, ou como ‘topo da cadeia’, porque não é suposto a Casa de Deus ter hierarquias! A Casa de Deus tem ordem, tem equilíbrio e organização; Hierarquias tem o inferno, Satanás e os seus sequazes cobardes!
O Apostolado é para hoje, sim! Tal como o Evangelista, o Profeta, o Pastorado e o Mestrado, mas nenhum é superior ao outro, nenhum é mais forte, nenhum é mais importante, todos se complementam e um sem o outro não tem sentido! Daí eu ter desejo de amizade com Servos de Deus em quem reconheço os 5 ministérios, para que juntos nos completemos, para a Glória de Deus!
Reconheço os 5 ministérios em mais alguns, porque sinto o testificar do Espírito Santo em mim, acerca dessas pessoas.
Eu já não tenho medo de falar as coisas, desde o dia 22 de Junho de 2007 – nesse dia fiquei LIVRE para sempre!
Qual é o papel do Apóstolo? É o de desbravar caminho, de abrir caminho para os que vêm a seguir! O Apóstolo é aquele que prega a Palavra onde esta ainda não está implantada, ganha almas e implanta o Reino de Deus, abre igrejas, ensina a Palavra, opera nos Dons do Espírito, dá a visão e prossegue para mais!
Depois? Vem o Evangelista! Que com a sua mensagem simples, mas ousada, ganha almas, dá esperança, fala de Jesus, dá o fundamento verdadeiro!
Segue-se o Mestre, que vem para ensinar a Palavra, com mestria, com revelação, com conhecimento, solidificar Jesus nos corações;
Vem o Profeta e traz Juízo e julgamento sobre a Casa de Deus, reorienta a Igreja, define o caminho e mostra a verdade…
Por fim, vem o Pastor… que conhece as ovelhas, que as ama, acarinha, corrige, ‘corta o pelo’, alimenta, faz caminhar, mata a sede, protege, dá conselho, dá orientação, ensino, motivação, sanidade… no fundo, opera nos outros dons todos!
Pago o preço por pregar a verdade e só a verdade! Não misturo ‘lengalengas’, nem frases bonitas de psicólogos, nem vou buscar inspiração a livros de auto-ajuda ou a livros de ‘pseudo-cristãos’. Detesto ‘fermento velho’ misturado com a Palavra de Deus, e aborrece-me ver a Palavra ‘aguada’…
Sou aquilo que o Senhor me chamou para ser quando tinha 6 anos de idade, por intermédio do Pastor Carlos e Maria José Gomes (Ccva Alverca). Sou-o convictamente porque Deus quando unge é sem arrependimento. Ele não apaga o pavio fumegante, nem estilhaça a vasilha rachada, nem quebra a cana rachada! E se em tempos estivemos menos ‘acesos’ para Ele, hoje estamos em brasa, afogueados, motivados, desejosos de levantar a voz e proclamar a Glória do Senhor!
Em tempos demiti-me de um título eclesiástico (o qual não voltarei a usar porque Deus não me chamou para isso – o episcopado) e pouco tempo depois tomei posse de um ministério. E sou feliz porque sei que estou no centro da Vontade de Deus. Nunca gerei a imposição de títulos. Sou o que as pessoas reconhecem que sou. Sou um Filho de Deus, que em tempos deixou de ser convertido e se tornou num Discípulo e mais tarde tornei-me num servo e é isso que sou. E serei para o resto da minha vida.
Deus abençoe!
Pst. João Viegas