“Se me abençoares muitíssimo!”— (1 Crônicas 4:10)
Sabemos muito pouco sobre Jabez, exceto que ele era o mais ilustre entre seus irmãos e que este nome foi dado a ele porque sua mãe deu à luz com dores. Isto pode acontecer, quando há muito sofrimento na vida dos antepassados, pode haver mais alegria para os descendentes. Assim como a tempestade dá lugar ao sol, também uma noite de choro precede a manhã de alegria. Tristeza, o arauto; contentamento, o príncipe anunciado. Cowper diz: – “O caminho da tristeza, e somente este caminho, conduz ao lugar onde tristeza é desconhecida”.
Sabemos que devemos semear em lágrimas antes de colhermos com alegria. Muitos de nossos trabalhos para Cristo nos custaram lágrimas. Dificuldades e desapontamentos já angustiaram nossa alma. Apesar destes projetos terem custado mais do que uma tristeza comum, tornaram-se os trabalhos mais gratificantes. Enquanto nosso pranto, chamado de descendência do desejo “Benoni”, o filho de minha tristeza, nossa fé pode depois dar-lhe o nome de regozijo, “Benjamin”, o filho de minha mão direita. Pode ser que você espere por uma bênção por servir a Deus, se você conseguir perseverar ante muitas dificuldades. O navio que demora muito para voltar está se arrastando pelo caminho pelo excesso de carga. Espera-se que a carga seja a melhor quando ele chegar ao porto. Mais ilustre que seus irmãos, foi a criança que a mãe deu à luz com muitas dores. Por isso Jabez, cujo objetivo foi tão marcante, sua fama tão cantada, seu nome tão memorável – foi um homem de oração. A honra que ele obteve não teria valor se não tivesse sido tão contestada e justamente conquistada. Sua devoção foi a chave para sua promoção. Estas são as melhores honras que vêem de Deus, o prêmio da graça com a consciência da obra. Quando Jacó recebeu o nome de Israel, ele recebeu seu principado depois de uma memorável noite de oração. Certamente foi de muito mais valia para ele do que se tivesse vindo como uma distinção elogiosa de algum imperador mundano. A melhor honraria é aquela que o homem recebe de sua comunhão com o Altíssimo. Jabez, aprendemos, foi o mais honrado de seus irmãos e sua oração imediatamente citada, como se para anunciar que ele também orava mais do que seus irmãos. Está escrito do que consistiam suas petições. Ela toda muito significativa e instrutiva. Temos apenas tempo para analisar um termo dela – muitíssimo, termo que pode indicar a compreensão do texto todo: Se me abençoares muitíssimo! Eu o recomendo como uma oração para vocês mesmos, caros irmãos e irmãs; uma que estará disponível em todas as estações; uma oração para começar a vida cristã, uma oração para terminá-la, uma oração que nunca estará fora de contexto em suas alegrias e tristezas.
Oh que tu, o Deus de Israel, o Deus da aliança, me abençoes muitíssimo! A própria força da oração parece residir na palavra, muitíssimo. Existem muitos tipos de bênçãos. Algumas são bênçãos somente no nome: elas satisfazem os nossos desejos por um momento, mas desapontam permanentemente nossas expectativas. Elas fascinam os olhos, mas são insípidas ao paladar. Outras são apenas bênçãos temporárias: se gastam com o uso. Embora por um instante regalem os sentidos, não podem satisfazer os anseios mais elevados da alma. Mas, se me abençoares muitíssimo! Aprendi que, aquele que Deus abençoar será abençoado. Uma boa coisa será dada pela boa vontade do doador, e produzirá tão boa sorte ao receptor que será considerada abençoada muitíssimo, pois nada pode ser comparado a ela. Deixe que a graça de Deus aja, deixe que a escolha de Deus determine, deixe que a abundância de Deus quantifique, e então o presente será muitíssimo divino; uma coisa que valerá a pena ser dita como bênção, e realmente desejada por todos que procuram a honra que seja substancial e duradoura. Se me abençoares muitíssimo! Medite, e você verá que existe um significado profundo na expressão.
Vamos contrastá-la com algumas bênçãos humanas: Se me abençoares muitíssimo! É muito prazeroso sermos abençoados por nossos pais, e por aqueles amigos veneráveis cujas bênçãos vêem de seus corações, embrulhadas por suas orações. Muitos homens não têm outro legado para seus filhos a não ser a sua bênção; mas a bênção de um pai honesto, santo e cristão é um rico tesouro para seu filho. Você pode achar que é uma coisa deplorável para a vida ter perdido a bênção de seu pai. Nós a apreciamos. A bênção de nosso pai espiritual é consoladora. Apesar de não crermos em sacerdotalismo, gostamos de viver no afeto daqueles que foram os instrumentos para nos levar a Cristo, e daqueles lábios que fomos instruídos nas coisas de Deus. E, quão preciosa é a bênção dos pobres! Não imagino que Jó tenha entesourado isto como algo bom. “Quando o ouvido ouviu, então ele me abençoou”. Se você consolou uma viúva ou um órfão, e seus agradecimentos voltam a você abençoando-o, não é uma recompensa vil. Mas, caros amigos, apesar de tudo que os pais, parentes, santos e pessoas agradecidas podem fazer com suas bênçãos são muito aquém do que desejamos ter. Oh, Senhor, mesmo tendo as bênçãos de nossos semelhantes, as bênçãos que vêem de seus corações; entretanto, se me abençoares muitíssimo!, pois tu podes abençoar com autoridade. As bênçãos deles podem ser com palavras, mas as tuas são eficazes. Eles podem desejar o que não podem fazer, e desejar dar o que não têm à disposição, mas Sua vontade é onipotente. Criaste o mundo com apenas tua palavra. Oh, que tal onipotência anuncie sua bênção! Outras bênçãos podem nos trazer pitadas de riso, mas no teu favor está a vida. Outras bênçãos são somente títulos comparadas com as suas bênçãos; pois sua bênção é o direito a “uma herança incorruptível” e que não desaparece, a “um reino que não será derrubado”. Desta maneira, Davi apropriadamente orou em outro lugar, “com sua bênção seja a casa de teu servo abençoada para sempre”. Talvez nesta hora, Jabez pode ter contrastado a bênção de Deus com as bênçãos dos homens. Os homens te abençoam quando você faz o bem. Eles louvam o homem que obtém sucesso nos negócios. Nada é tão vitorioso quanto o sucesso. Nada tem tanta aprovação do público em geral quanto a prosperidade do homem. Miseráveis! Não pesam as ações do homem na balança do santuário, mas em outras bem diferentes. Você encontrará aqueles que lhe recomendarão se você for próspero; ou, como os confortadores de Jó, te condenam se você estiver sofrendo adversidades. Talvez haja algumas características de suas bênçãos que podem agradá-lo, pois você acha que as merece. Você é condecorado por patriotismo: afinal, você foi um patriota. Você é recomendado por sua generosidade: você sabe o tamanho de seu auto-sacrifício. Bem, mas afinal, qual o veredicto do homem? Em um julgamento, o veredicto de um policial que está na corte, ou dos espectadores que sentam-se na sala de julgamento, somam a absolutamente nada. O homem que está sendo julgado sabe que a única coisa importante mesmo será o veredicto do júri, e a sentença do juiz. Portanto, será de pouca valia para nós o que fazemos, como os outros nos elogiam ou censuram. Suas bênçãos não têm valor. Mas, se me abençoares muitíssimo!, quer dizer, “muito bem, servo bom e fiel”. Premias a frágil obra que através de tua graça meu coração te rendeu. Terei sido, então, muitíssimo abençoado.
Muitas vezes os homens são abençoados como um completo elogio. Sempre há daqueles que, tal como a raposa da fábula, esperam ganhar o queijo ao elogiar o corvo. Nunca viram plumagem igual, e nenhuma voz soou tão suave. Toda sua mente está voltada não a você, mas no que podem conseguir de você. A raça de elogiadores nunca será extinta, pois os elogiados também elogiam a si mesmo. Eles entendem que os homens se elogiam mutuamente, mas é palpável e transparente que, quando recebem tal presente, aceitam-no com uma grande porção de auto-complacência, como se fosse um exagero, mas, mesmo assim, muito próximo da verdade. Não somos aptos a dar descontos nos elogios que os outros nos oferecem; entretanto, se fossemos sábios, abraçaríamos os que nos censuram e manteríamos os que nos elogiam a um metro de distância, pois os que nos censuram face-a-face não estão nos mercadejando; mas quanto aos que nos louvam, logo se levantam e usam frases que nos exaltam, deveríamos suspeitar, e raramente seremos injustos na suspeita, de que existe um outro motivo além do que enxergamos por trás do louvor que eles nos rendem. Jovem, você está numa posição na qual Deus está te honrando? Cuidado com os que te elogiam. Você tem grandes propriedades? Tem abundância? Sempre há moscas onde há mel. Cuidado com os elogios. Mocinha, você é bonita? Haverá daqueles que terão seus desígnios, talvez desígnios malignos, ao falar de tua beleza. Cuidado com os que elogiam. Saia de perto de todos os que têm mel na língua, por causa do veneno das áspides que está em baixo dela. Medite na advertência de Salomão, “não se misture com os que elogiam com seus lábios”. Peça a Deus, “Livre-me de toda essa adulação vã, que me enoja a alma”. Assim você vai orar a ele com mais fervor, se me abençoares muitíssimo! Quero a bênção que nunca diz mais do que pretende; que nunca dá menos do que promete. Se você comparar a oração de Jabez com as bênçãos que vêm dos homens, você verá a força dela.
Mas nós podemos vê-la por outro ângulo e comparar a bênção que Jabez almejava com as bênçãos que são temporais e transitórias. Existem muitas riquezas dadas a nós pela misericórdia de Deus, pelas quais prostramo-nos agradecidos; mas não devemos nos garantir delas. Devemos aceitá-las com gratidão, mas não fazer delas ídolos. Quando as temos, temos a necessidade de clamar, abençoa-mes muitíssimo, transforme estas bênçãos menores em bênçãos reais, e se não as temos, com mais veemência ainda devemos clamar, oh, que possamos ser ricos na fé, e se não formos abençoados com estes favores externos, que possamos ser abençoados espiritualmente, então seremos abençoados muitíssimo!
Vamos rever algumas destas misericórdias apenas para falar uma ou duas palavras sobre elas.
Um dos primeiros desejos do homem é por riqueza. Este desejo é tão universal que podemos praticamente dizer ser ele instintivo. Quantos não diriam que se possuíssem-na seriam muitíssimo abençoados! Mas existem dez mil provas que a alegria não consiste na abundância que o homem possui. Tantos exemplos são bem conhecidos que eu nem preciso citá-los para mostrar que quem tem riquezas não é muitíssimo abençoado. São mais aparência do que realmente são. Assim, já foi muito bem dito que, quando vemos o quanto um homem tem, nós o invejamos; mas se pudéssemos ver o quão pouco ele aproveita, nós teríamos pena dele. Muitos dos que tiveram as circunstâncias mais fáceis tiveram as mentes mais difíceis. Aqueles que conseguiram o que queriam, fossem seus desejos sadios, foram conduzidos pela posse do que os deixava infelizes pois não tinham mais.
“O avarento tem fome em seu celeiro, Choca seu ouro, querendo mais,
Senta-se tristemente sem se mover, acredita ser pobre”.
Nada é mais claro para alguém que queira investigar que, as riquezas não são o bem principal do qual a tristeza foge, e na presença da qual a alegria eterna brota. Muito freqüentemente a riqueza engana seu possuidor. Delícias são esparramadas em sua mesa, mas seu apetite desaparece, músicos aguardam seu comando, mas seus ouvidos estão surdos para qualquer tipo de música; tem quantos feriados quiser, mas para ele a recreação perdeu seu encanto; se for jovem, a fortuna veio a ele por herança, e ele aproveita seu ganho até que o esporte se torne mais enfadonho do que o trabalho, e a dissipação pior do que o trabalho pesado. Vocês sabem como a riqueza pode fabricar asas, como um pássaro que descansa na árvore, ela voa para longe. Na doença ou nos momentos de desânimo, estes amplos recursos que antes sussurravam, “Alma, descansa”, provam ser confortos nada eficientes. Na morte, elas fazem o choque das separações parecer mais fortes, pois quanto mais você deixa, mais você perde. Podemos dizer, se tivermos riquezas, Deus meu, não me deixe perturbar por estas aparências, não deixe que eu transforme o ouro e a prata em deuses, os bens e possessões, minhas propriedades e investimentos, as quais me deste por sua providência. Eu te imploro, abençoa-me muitíssimo. Quanto às possessões terrenas, estas serão minha ruína a menos que eu veja a sua graça nelas. E se você não tiver riquezas, e provavelmente a maioria de vocês nunca terá, diga, Pai, negaste-me este bem externo e aparente, enriqueça-me com seu amor, dê-me o ouro de tua aprovação, abençoa-me muitíssimo; então distribua aos outros conforme tua vontade, divida a minha porção, minha alma espera pela tua determinação diária; assim me abençoas muitíssimo, e eu serei contente.
Outra bênção transitória que nossa pobre humanidade deseja desesperadamente e procura ardentemente é a fama. A este respeito nos ufanamos de ser mais ilustres que nossos irmãos, e ultrapassamos nossos competidores. Parece muito natural o desejo de fazer um nome, e ganhar reconhecimento no círculo ao qual pertencemos, qualquer que seja, e gostaríamos de ampliar seu perímetro, se pudéssemos. Mas aqui, como nas riquezas, é inquestionável que a fama não traz com ela nenhuma medida de gratificação. Os homens, ao procurar por notoriedade e honra, têm um grau de prazer na busca em si, que nem sempre possuem quando finalmente alcançam seu objetivo. Alguns dos homens mais famosos também foram os mais miseráveis da raça humana. Se você possui honra e fama, aceite, mas eleve esta oração a Deus, Meu Deus, abençoa-me muitíssimo, pois qual a vantagem se meu nome estivesse em milhares bocas, se você o vomitasse da sua? Que importa, se meu nome estivesse escrito no mármore, se não estivesse escrito no Livro da Vida do Cordeiro? Estas são bênçãos aparentes, bênçãos efêmeras, bênçãos enganadoras. Dê-me a tua bênção, então a honra que vem de ti fará de mim um homem muitíssimo abençoado. Se por acaso você vive na obscuridade, e nunca entrou na lista dos ilustres entre seus companheiros, contente-se em correr bem sua carreira e complete verdadeiramente sua vocação. Não ter fama não é a doença mais grave; é pior do que tê-la como a neve, que branqueia o chão de manhã, e desaparece no calor do dia. O que importa para um homem morto o que os homens falam dele? Que você seja muitíssimo abençoado.
Existe outra bênção temporal que os homens sábios desejam, e podem legitimamente ambicionar além destas duas – a bênção da saúde. Será que podemos valorizá-la devidamente? Desconsiderar tal favor é a loucura de um irracional. Os maiores elogios dados à saúde nunca seriam extravagantes. Os que têm corpos saudáveis são infinitamente mais abençoados do que os que estão doentes, em qualquer estágio possível. Assim, se eu tenho saúde, meus ossos estão ajustados, meus músculos estão fortes, se eu mal conheço um mal-estar ou dor mas posso me levantar de manhã com um passo ágil e ir ao trabalho, e deitar-me no sofá à noite, dormir o sono dos justos, ainda assim, não me deixe gloriar em minha força. Em um minuto ela pode me faltar. Algumas semanas podem reduzir a força de um homem a um esqueleto. O corpo pode minguar, a face empalidecer com a sombra da morte. Não permita ao homem saudável que se glorie em sua força. O Senhor, “se apraz não na força dos cavalos, e não tem prazer nas pernas de um homem”. E não nos vangloriemos destas coisas. Digam, vocês que gozam de boa saúde, Deus meu, abençoa-me muitíssimo. Dê-me uma alma saudável. Cura-me de minhas doenças espirituais. Jeová Rafá venha, e limpe a lepra que está em meu coração por natureza: faça-me saudável da maneira celestial, que eu não seja colocado de lado com os impuros, mas que me seja permitido ficar com a congregação dos teus santos. Abençoa minha saúde corporal para que eu a use com retidão, usando a força que eu tenho no teu serviço e para a tua glória; de outro modo, apesar de abençoado com saúde, não seja abençoado muitíssimo. Alguns de vocês, queridos amigos, não possuem o grande tesouro da saúde. Dias e noites tediosos são destinados a vocês. Seus ossos tornaram-se um calendário, através dos quais você pode prever a mudança do tempo. Tem tanta coisa acontecendo com você que só pode mesmo causar pena. Mas eu oro que você seja muitíssimo abençoado, e eu sei do que estou falando. Eu posso me identificar com uma irmã que me disse outro dia, “Eu tinha tanta proximidade com Deus quando eu estava doente, tanta certeza, e tanta alegria no Senhor e agora eu lamento dizer que eu perdi tudo isso; eu quase desejo estar doente novamente, se desta maneira eu tivesse a renovação de minha comunhão com Deus”. Muitas vezes eu agradecido olhei para trás para quando eu estive doente. Tenho certeza que eu nunca cresci na graça, nem a metade, o quanto eu o fiz quando estive na cama, doente. Não deveria ser assim. Nossas curas deviam ser alegres fertilizantes para nosso espírito; mas freqüentemente nossos sofrimentos são mais salutares que nossas alegrias. A tesoura de podar é melhor para alguns de nós. Bem, apesar de tudo, se você tiver que sofrer de fraqueza, de debilidade, de dor, de angústia, que o seja sob os cuidados da divina presença, que esta leve aflição se transforme num peso excessivo e eterno de glória, e então você será muitíssimo abençoado.
Me deterei em apenas mais uma bênção temporária – quero falar da bênção do lar. Não creio que alguém possa valorizá-lo demais ou falar tão bem quanto ele merece. Que bênção é ter um canto, e os queridos familiares que se reúnem ao redor da palavra “lar”, esposa, filhos, pai, irmão, irmã! Ora, não existem canções em nenhuma língua que são mais cheias de musicalidade do que as que são dedicadas à “mãe”. Gostamos dos sons que a palavra “pai” coloca na música. “Pai” é a chave da música. Muitos de nós, espero, são abençoados com muitos destes relacionamentos. Não nos contentemos em consolar nossas almas com ligações que logo serão rompidas. Peçamos por uma que nos abençoe muitíssimo. Te agradeço, meu Deus, por meu pai aqui na terra; mas oh, seja o meu Pai, então serei abençoado muitíssimo. Te agradeço, meu Deus, pelo amor de mãe; mas conforte minha alma como uma mãe confortaria, então serei abençoado muitíssimo. Eu te agradeço, Salvador, pelos laços do matrimônio; mas sejas tu o noivo de minha alma. Eu te agradeço pelos laços de amizade com os irmãos; mas sejas o meu irmão nascido da adversidade, osso de meu osso, e carne de minha carne. Eu valorizo o lar que me deste, e te agradeço por ele; mas vou morar na casa do Senhor para sempre, e serei um filho que nunca se perde, onde quer que meus pés me levem, da casa de meu Pai com suas muitas moradas. Assim seremos abençoados muitíssimo. Se você não reside sob os cuidados paternos do Todo-poderoso, mesmo a bênção do lar, com todos seus confortos familiares, não alcançará a bênção que Jabez desejava para si. Mas, estarei falando com aqueles que não possuem relacionamentos? Sei que alguns de vocês foram deixados nas trincheiras de vidas tão seriamente machucados, onde os pedaços de seus corações estão enterrados, e as sobras são apenas o sangrar de tantas feridas. Bem! Que o Senhor os abençoe muitíssimo! Viúva, seu criador é seu marido. Órfão, ele disse, “não os deixarei, virei buscá-los”. Sejam todos os seus relacionamentos feitos nele, e você será abençoado muitíssimo! Talvez eu tenha tomado muito tempo nestas bênçãos temporais, então deixe-me mudar o ângulo sobre o assunto. Creio que tenhamos tido bênçãos humanas e temporais suficientes para encher nosso coração de contentamento, mas não para enganar nossos corações com coisas deste mundo, ou distrair nossa atenção das coisas que pertencem ao nosso bem-estar eterno.
Prossigamos, em terceiro lugar, falando das bênçãos imaginárias. Existem tais coisas no mundo. Que Deus nos livre delas. Se me abençoares muitíssimo! O fariseu, por exemplo; de pé, na casa do Senhor, pensou que tivesse a bênção do Senhor, que tinha transformado-o num homem corajoso, falava com uma auto-complacência melosa, “Deus, eu te agradeço, pois não sou como os outros homens”, e assim por diante. Ele tinha a bênção, e cria piamente que a tivesse merecido. Jejuava duas vezes por semana, pagava o dízimo de tudo quanto possuía, mesmo os trocados pela hortelã, e os centavos pelo cominho que ele tinha usado. Achava que tinha feito tudo. Era sua a bênção de uma consciência tranqüila e quieta; um homem bom, flexível. O padrão da paróquia. Era uma pena que todos não vivessem como ele, se vivessem, não precisariam de polícia. Pilatos poderia ter demitido seus guardas, e Herodes seus soldados. Ele era uma das pessoas mais excelentes que jamais nascera. Ele adorava a cidade da qual ele era um dos pilares! Ai, mas ele não era abençoado muitíssimo. Tudo isso era seu próprio conceito arrogante. Ele era apenas um saco de vento, e talvez fosse melhor que e a bênção que ele desejava não tivesse vindo jamais. O pobre publicano que ele julgava amaldiçoado, foi para casa justificado e ele não. A bênção não caiu sobre o homem que julgava tê-la. Oh, que todos sintamos a ferroada desta reprimenda, e oremos: “Grande Deus, salve-nos de nos imputar uma justiça que não temos. Salve-nos de nos embrulharmos nos nossos próprios trapos, achando que estamos vestidos para um casamento. Abençoa-me muitíssimo. Que eu tenha a justiça verdadeira. Que eu tenha o valor que tu podes aceitar, que é a fé em Jesus Cristo”.
Outra forma de bênção imaginária é encontrada em pessoas que negam ter justiça própria. Sua ilusão, entretanto, é similar. Ouço-os cantar:
“Eu creio, eu sempre vou crer que Jesus morreu por mim, e na sua cruz derramou seu sangue, para me libertar do pecado.”
Você crê. Sim, mas como você sabe? Sobre qual autoridade você pode ter tanta certeza? Quem te disse? “Ah, eu creio.” Sim, mas precisamos ter cuidado no que cremos. Você tem alguma evidência clara no interesse especial pelo sangue de Jesus? Você pode dar razões espirituais para crer que Cristo te libertou do pecado? Sinto que muitos têm uma esperança sem fundamento, como uma âncora sem gancho – nenhum lugar para se fixar, nada para se segurar. Dizem estar salvos, permanecem lá, acham pecaminoso duvidar disso; mas mesmo assim não têm nenhuma razão para garantir sua confiança. Quando dos filhos de Corá carregaram a arca, e a tocaram com suas mãos, o fizeram corretamente; mas quando Uzá tocou-a, ele morreu. Existem uns que têm plena certeza, para outros será a morte falar sobre o assunto. Há uma grande diferença entre pressuposição e certeza absoluta. Certeza absoluta é racional: é baseada em chão firme. Pressuposição imagina, e com cara lavada anuncia ser sua uma coisa a qual ela não tem direito algum. Cuidado, eu rogo a vocês, de pressupor que vocês estão salvos. Se com o coração você crer em Jesus, então você está salvo; mas se você simplesmente disser, “Eu confio em Jesus”, isto não o salvará. Se o seu coração foi regenerado, se você odiar as coisas que antes amava, e ama as coisas que antes odiava; se houve um arrependimento real; se houve uma mudança em sua mente; se você nasceu de novo, então você tem motivos para regozijar-se: mas se não há uma mudança vital, nenhuma santidade interior; se não há amor por Deus, nenhuma oração, nenhum fruto do Espírito, então ao dizer: “Estou salvo”, será por seu próprio entendimento, e pode enganá-lo, mas não libertá-lo. Nossa oração deveria ser, Abençoares muitíssimo com a fé verdadeira, com a salvação real, com a confiança em Jesus que é a essência da fé; não com o conceitos que produzem credulidade. Deus, preserve-nos das bênçãos imaginárias! Já encontrei pessoas que dizem, “Eu creio que estou salvo, pois sonhei com isso.” Ou, “Porque existe um texto na Bíblia que se aplica a meu caso. Tal pregador disse tal coisa em sua pregação”, ou “Fui levada a um estado de choro e ânimo e me senti como nunca tinha sentido antes.” Ah! Nada disso suporta julgamento, “Você rejeita toda sua confiança em tudo exceto na obra consumada de Jesus, e você vem a Cristo para ser reconciliado nele para com Deus?” Se não o fizer, teus sonhos, visões, caprichos são apenas sonhos, visões e caprichos, a não servirão quando você mais precisar deles. Ore para que o Senhor o abençoe muitíssimo, pois existe uma grande escassez de veracidade em todo o andar e falar.
Muitos, eu creio, mesmo aqueles que estão salvos – salvos agora e para sempre – precisam destas precauções, e têm um bom motivo para orar desta maneira para aprenderem a fazer a distinção entre algumas coisas que eles acham serem bênçãos espirituais e outras que abençoam muitíssimo. Deixe-me demostrar o que eu quero dizer. É realmente uma bênção a resposta a uma oração que veio de sua própria mente? Eu sempre gosto que qualificar minha oração mais pungente com, “Não a minha vontade, mas a tua”. Não apenas devo fazer isto, mas gosto de fazê-lo, de outro modo eu posso pedir uma coisa que seria perigosa para mim. Deus pode me dá-la em sua ira, e eu posso encontrar amargura na oferta, muita dor no sofrimento que ela me causou. Você se lembra de como Israel pedia por carne, e Deus lhes deu as codornizes; mas enquanto a carne estava em sua boca, a ira de Deus veio sobre eles. Peça por carne, se você quiser, mas acrescente sempre: Senhor, se isto não for me abençoar muitíssimo, não me dê. Se me abençoares muitíssimo!. Eu dificilmente gosto de repetir a velha história da mulher cujo filho estava doente – uma criancinha às portas da morte – e ela implorou ao pastor, um puritano, para orar por sua vida. Ele orou intensamente, e terminou com “se for a tua vontade, salve esta criança”. A mulher disse: “Não posso suportar isto: preciso que você ore para salvar a criança. Não ponha nenhum mas”. “Mulher”, disse o pastor, “pode ser que você viva para se arrepender do dia em que você pôs a sua vontade contra a vontade de Deus.” Vinte anos depois, ela teve que ser carregada pois desmaiara ao ver o filho sendo enforcado como um criminoso. Apesar de ter visto o filho crescer e se tornar um homem, teria sido infinitamente melhor para ela se a criança tivesse morrido, e infinitamente mais sábio se ela tivesse deixado-o à vontade de Deus. Não tenha tanta certeza que uma resposta de oração pode ser uma prova de amor divino. Haverá mais lugar para buscar ao Senhor dizendo: Se me abençoares muitíssimo! Assim, algumas vezes um grande estertor espiritual, um excitamento no coração, mesmo sendo uma alegria religiosa, pode não ser uma bênção. Nós nos alegramos nela, e oh, algumas vezes quando nos unimos em oração o fogo ardeu, e nossas almas ferveram! Na hora pudemos cantar:
“Nossa alma desejosa ficaria
desta maneira como está,
sentada, até se esgotar, cantando
esta alegria permanente.”
Mesmo sendo uma bênção, e sendo agradecidos por ela, não gostaria de manter estas sessões, como se meus prazeres fossem a moeda que compra os favores de Deus; ou como se eles fossem os sinais principais de suas bênçãos. Talvez seria uma bênção ainda maior um espírito quebrantado, prostrado diante do Senhor neste exato momento. Quando você pedir pela alegria suprema, e orar para estar no monte com Cristo, lembre-se que esta também pode ser uma bênção, sim, uma bênção real ser levado ao Vale da Humilhação, colocado abaixo de tudo e ser constrangido a clamar em angústia: “Senhor, salve-me ou morrerei!”
“Se hoje ele designou para nos abençoar,
no sentido de perdoar pecados,
ele amanhã pode nos angustiar
e fazer-nos sentir a praga que existe em nós
tudo para fazer-nos sentir
nojo de nós mesmos, e loucos por ele”.
Estas experiências diferentes que temos podem realmente ser bênçãos para nós quando, se sempre estivemos regozijando, fossemos como Moabe, instalados em nossos fortes, e não esvaziados a cada nova circunstância. Tudo vai mal com os que não mudam; eles não têm medo de Deus. Algumas vezes nós não invejamos aquelas pessoas calmas e impassíveis, que nunca se perturbam? Bem, existem alguns cristãos cujo temperamento linear merece ser imitado. E, aquele calmo repouso, aquela segurança imutável que vem do Espírito de Deus é uma aquisição deliciosa; mas não tenho certeza se devemos invejar a sorte de alguém por ser mais tranqüila ou ter sido menos exposta aos ventos e tempestades do que a nossa. Há perigo ao dizer: “Paz, paz”, quando não há paz, e existe uma calmaria que resulta das dificuldades. Tolos os que iludem sua própria alma. “Eles não têm dúvidas”, dizem, mas por não buscarem com profundidade. Não têm ansiedades, pois não têm muito trabalho ou ocupações a lhes envolver. Talvez não sintam dor, por não terem vida. Melhor ir para o céu, aleijado e mutilado, do que marchar com confiança para o inferno. Se me abençoares muitíssimo! Deus meu, não invejarei ninguém por seus dons ou bênçãos, muito menos por seu humor interno ou suas circunstâncias exteriores, apenas se me abençoares muitíssimo! Não serei confortado a menos que tu me confortes, nem terei paz se Cristo não for minha paz, nem descanso senão o descanso que vem do doce sabor do sacrifício de Cristo. Cristo será tudo em todos, e ninguém será nada para mim a não ser ele mesmo. Oh, que nós possamos sentir sempre que não somos juizes das maneiras que as bênçãos vêm, mas que deixemos a Deus o dar o que ele acha que devemos ter, não as bênçãos imaginárias, as bênçãos superficiais e aparentes, mas ser abençoado muitíssimo!
Igualmente com relação ao nosso trabalho e serviço, acho que nossa oração deveria ser sempre: Oh, se me abençoares muitíssimo! É lamentável ver o trabalho de bons homens, apesar de que não cabe a nós julgá-los, ser tão pretensioso e irreal. É realmente chocante ver como alguns homens fingem construir uma igreja em duas ou três noites. Eles anunciarão, num canto de página de um jornal, que quarenta e três pessoas foram convencidas de seu pecado, e quarenta e seis justificadas, e, algumas vezes, trinta e oito santificadas; não sei o quê eles podem oferecer, além das estatísticas do que foi conseguido. Já observei congregações crescerem rapidamente, e grande número de pessoas ser acrescentado a igrejas de repente. E o que aconteceu depois? Onde estão estas igrejas neste exato momento? Os desertos mais áridos da cristandade são os lugares que foram fertilizados com os restos produzidos por alguns avivalistas. A igreja inteira parece ter gasto sua força em uma empreitada ou esforço atrás de alguma coisa, e esta busca resultou em nada. Construíram sua casa de madeira, e estocaram o feno, e fizeram uma torre de palha que parecia alcançar os céus, e ali caiu uma faísca, e tudo sumiu na fumaça; e aquele que veio em seguida – o sucessor do grande construtor – teve que varrer as cinzas antes de poder fazer qualquer outra coisa. A oração de todos os que servem a Deus deveria ser: Se me abençoares muitíssimo! Trabalhe, trabalhe. Se eu construir apenas um tijolo em minha vida, e nada mais, seja ele de ouro, prata, pedras preciosas, ou outra coisa parecida, o que já é um grande serviço; ou construir um cantinho que não aparece, tudo isso é um serviço valioso. Não se falará muito dele, mas ele vai durar. Aí está o ponto: vai durar. Estabeleça o trabalho de suas mãos em nossas vidas; sim, o trabalho de suas mãos o execute. Se não formos construtores em uma igreja reconhecida, então é inútil até tentar. O que Deus estabelece perdura, mas o que os homens constróem sem seu reconhecimento certamente terá o seu fim. Se me abençoares muitíssimo! Professor de escola dominical, seja esta sua oração. Distribuidor de folhetos na entrada, pregador, seja lá o que você for, querido irmão ou irmã, qualquer que seja sua maneira de servir, peça a Deus que você não seja um desses engessadores, que usam materiais de efeito que requerem apenas uma camada fina e que serão despedaçados com o tempo. Se você não puder construir uma catedral, construa ao menos um pedaço do templo maravilhoso que Deus está fazendo para a eternidade, que vai durar mais do que as estrelas.
Tenho ainda uma coisa mais para mencionar antes de terminar este sermão. As bênçãos da graça de Deus abençoam muitíssimo que devemos ansiosamente buscar. Estas são as marcas para que as reconheçamos. Somos abençoados muitíssimo quando tais bênçãos vêm de mãos marcadas pelos cravos; bênçãos que vêm da árvore sangrenta do Calvário, escorrendo da ferida no tórax do Salvador – seu perdão, sua aceitação, sua vida espiritual: o pão, na verdade é carne, o sangue que na verdade é bebida – a unidade com Cristo, e tudo o que vem disso – assim serei abençoado muitíssimo. Toda bênção que vem como resultado do trabalho do Espírito em nossa alma nos abençoa muitíssimo; apesar de te humilhar, apesar de te desnudar, apesar de te matar, serás abençoado muitíssimo. Apesar do arado passar muitas vezes sobre tua alma, e a patrola cortar seu coração; apesar de você ser mutilado e ferido, e deixado para morrer, se o Espírito de Deus o fizer, serás abençoado muitíssimo. Se ele te convenceu do pecado, da justiça e do juízo, mesmo que até agora ele não o tenha levado a Cristo, você será abençoado muitíssimo. As riquezas talvez não o façam. Talvez haja uma parede de ouro entre você e Deus. Saúde não o fará: mesmo a força e tutano de seus ossos podem mantê-lo distante de seu Deus. Mas tudo o que o atraia a Deus, o abençoará muitíssimo. E se uma cruz o levantar? Se o levantar até Deus, você será abençoado muitíssimo. Tudo o que alcançar a eternidade, com uma preparação para o mundo que há de vir, tudo o que pudermos carregar ao atravessar o rio, a alegria santa que vai brotar daqueles campos além da enchente, o amor sem nuvens dos irmãos que será a atmosfera de verdade para sempre – tudo o que tem a flecha eterna – a marca eterna – te abençoará muitíssimo. E tudo o que me ajudar a glorificar a Deus me abençoará muitíssimo. Se eu estiver doente, e isto me ajude a louvar a Deus, serei abençoado muitíssimo. Se eu for pobre, e puder servir a ele melhor na pobreza do que na riqueza, serei abençoado muitíssimo. Se eu for desprezado, me regozijarei neste dia e darei pulos de alegria, pois é por Cristo – serei abençoado muitíssimo. Sim, minha fé destitui o disfarce, remove a máscara da clara face da bênção, e computa tudo isto como alegria, como tribulações pelo amor de Jesus e a recompensa que ele prometeu. Se me abençoares muitíssimo!
Agora, eu me despeço com estas três palavras. “Busquem.” Vejam se as bênçãos abençoam muitíssimo, e não fique satisfeito a menos que você saiba que elas vêm de Deus, prêmios de sua graça, e vales de seu propósito salvador. “Pesem.” Esta deve ser a próxima coisa. Tudo o que você tiver, pese numa balança, e certifique-se se você é abençoado muitíssimo, conferindo se esta graça produz em você amor abundante, e abundância de boas palavras e boas obras. E finalmente, “Ore.” Ore de uma maneira que esta oração se misture com todas as orações, para que qualquer coisa que Deus lhe dê ou não permita que você tenha o abençoe muitíssimo. Está passando por um tempo feliz? Oh, que Cristo possa enriquecer tua alegria, que evite a intoxicação com as bênçãos terrenas que o levarão para bem longe da comunhão com ele! Na noite de aflição, ore para que você seja abençoado muitíssimo, para que a amargura não o intoxique também, para que as aflições não o endureçam. Ore para que sejas abençoado; e quando tiver, seja rico no propósito da alegria, e se não tiver, seja pobre e destituído, apesar da plenitude encher teu depósito. Não: “Se tua presença não for comigo, não nos tire daqui” mas, se me abençoares muitíssimo!
Carta do Sr. Spurgeon, lida no Tabernáculo no dia do Senhor, dia 11 de junho.
Queridos amigos, em quem eu tenho em memória constante e com afeição sou obrigado a cantar a nota do lamento mais uma vez, pois estive sofrendo a semana toda, e passei a maior parte dela na cama. O clima horrível me fez piorar, e causou a repetição de todas as minhas dores.
Apesar de tudo, seja feita a vontade de Deus. Deixe que ele faça o seu caminho para mim, pois ele é amor. Estou impaciente para pregar de novo, mas talvez meu fracos Sábados foram decretados para meu castigo, e seu número ainda não se completou. Devemos trabalhar para Deus enquanto pudermos, pois nenhum de nós sabe quando ficaremos incapazes de oferecer nossos serviços. Ao mesmo tempo, quão sem importância nós somos! A obra de Deus segue adiante sem nós. Nós todos precisamos dEle, mas Ele não precisa de nenhum de nós.
Amados, até agora eu tive consolo ao ouvir que o trabalho do Senhor continua. Eu oro para que a sua intercessão intensa seja para que isto continue assim. Eu espero que os cultos dos dias de semana não sejam esvaziados. Se vocês se afastarem, que seja quando eu esteja aí, mas não agora. Que os Diáconos e os mais velhos estejam aí em todas as reuniões, e encontrem-se rodeados de um grupo unido de ajudantes.
Que a graça abundante repouse em todos vocês, especialmente nos doentes, pobres e os que sofreram perdas. Orem por mim, eu lhes peço. Se talvez a igreja se unisse em oração eu me recuperasse mais rapidamente. Eu sei que milhares oram, mas por que a igreja não o faz como igreja? Receio que deva desistir de pregar no dia 25; mas acredito que o Senhor será misericordioso comigo, e me mandará para junto de vocês no primeiro Sábado de Julho.
Domingo que vem deve haver uma coleta para a Associação, uma causa muito preciosa para mim. Com profundo amor cristão,
Seu Pastor que sofre,C.H.Spurgeon
(The Prayer of Jabez)
Um Sermão (Nº 0994) no Metropolitan Tabernacle
Newington– Inglaterra